Tenho-a presente como agora, aquela
Dura noite de triste despedida
A aragem levemente arrefecida
Da lancha enfuna a desfraldada vela.
Distante, como em fundo de aquarela,
Some-se a mansa vila adormecida
E a branda luz dos astros refletida
No rio as águas límpidas estrelas.
Cena viva que a mente me descreve
Dos amigos em grupos pelos cais
Vozes perpassam num sussurro leve
Trocam-se as doces expressões finais
E, enquanto os lábios dizem até breve
Os corações murmuram nunca mais.
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